O arquipélago de Socotra fica no Oceano Índico, entre a Península Arábica e o Chifre da África, localizado a cerca de 240 km a leste da Somália e a cerca de 380 km ao sul de Ras Fartak (Iêmen). Juntamente com as ilhas vizinhas: Abd Al-Kuri, Samha e Darsa, forma o Arquipélago de Socotra: um dos grupos de ilhas com maior diversidade botânica do mundo!

Socotra é globalmente importante para a conservação da biodiversidade devido à sua flora e fauna excepcionalmente ricas e distintas. É o lar de 825 espécies de plantas, das quais 308 (37%) são endêmicas. Essas espécies não são encontradas em nenhum outro lugar da Terra.

A UNESCO designou Socotra como Patrimônio da Humanidade em 2008.

Não é à toa que Socotra é frequentemente chamada de “Galápagos do Oceano Índico”.

A ilha mede aproximadamente 132 km de comprimento e 49 km de largura, com uma área total de 3.796 km². Topograficamente pode ser dividido em três zonas principais: as planícies costeiras, um planalto calcário e as montanhas Hagghier.

Desde os tempos antigos, Socotra é mundialmente conhecida por suas resinas curativas e aromáticas, gomas de plantas endêmicas, o melhor aloe, âmbar, almíscar, pérolas do mundo, bem como pelo papel central que desempenhou na indústria de transporte marítimo do Mar Arábico.

Já em 2400 a.C. Socotra forneceu uma grande quantidade não apenas de incenso, mirra e aloe, mas também resina de Sangue de Dragão que, segundo a lenda, era esfregada pelos gladiadores antes do combate para acelerar a cicatrização de suas feridas.

Terra de incenso e mirra, e de aloés milagrosos que curariam gregos e romanos em tempos de guerra, Socotra era também um lugar de feiticeiros, gênios e monstros. Mitos e lendas proliferam. De Platão a Marco Polo que afirmava que seus feiticeiros eram os mais poderosos do mundo. Lá viviam cobras voadoras, acreditava-se que suas montanhas escondiam um ninho de Fênix e o igualmente fantástico pássaro Roc, o enorme pássaro descrito por Sinbad, o Marinheiro.